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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Museu das Reduções, que preserva cinco séculos da arquitetura nacional, comemora 28 anos de fundação

Instituição foi fundada no dia 15 de agosto de 1986 e é uma das principais atrações turísticas de Ouro Preto

Nas ruas, prédios coloniais e ladeiras íngremes de Ouro Preto é possível conhecer um pouco da história do Brasil e da cultura mineira. Além disso, a cidade Patrimônio Cultural da Humanidade também é responsável por preservar a memória de cinco séculos da arquitetura nacional. Isso porque o Museu das Reduções, instituição instalada no distrito de Amarantina, completa 28 anos de fundação, com seu estatuto registrado em 15 de agosto de 1986 e conta, de forma diferente, parte da história de 24 municípios de 15 Estados do País.

Foto: Leo Homssi
 Pernambuco, São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Alagoas, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Sergipe e Minas Gerais: todos esses estados, além do Distrito Federal, se encontram no espaço, que conta com 29 réplicas reduzidas e que representam, entre outros, os ciclos econômicos: do ouro (Casa dos Contos, em Ouro Preto); da cana (Engenho São João, em Itamaracá-PE), do Café (Fazenda do Resgate, em Bananal-SP), a colonização do Brasil, a imigração (Estação de Trem, em Joinville-SC) e a industrialização (Primeira Usina Hidrelétrica da América do Sul, a Marmelos Zero, em Juiz de Fora-MG).

A visita ao museu começa pelo sul do Brasil, passando pelo sudeste, nordeste e centro-oeste, terminando em Minas Gerais, que recebe espaço especial por sediar a instituição. A fidelidade ao modelo original, a precisão e a riqueza dos detalhes das réplicas impressionam, o que faz o Museu das Reduções ser o único no mundo com esta concepção.

A engenhara civil Kátia Regina Soares Peters Fonseca e Silva, de Belo Horizonte, ficou encantada com o espaço. “Acho a obra de muita valia, tanto de trabalho como de história. O Museu é muito bonito, organizado e acolhedor”, destaca.

História da Instituição
Foto: Leo Homssi
No ano de 1978, quatro irmãos da família Vilhena, responsáveis pela obra do Museu, começaram a construir miniaturas de importantes edifícios brasileiros. Um trabalho que exigiu talento e paciência, já que todas as obras foram produzidas com o mesmo material empregado na construção dos edifícios originais, obedecendo as mesmas proporções (25 vezes menor que a original). Ênnio foi o artesão-mor, responsável pela criação da técnica da construção e de todo o ferramental. Além disso, era o responsável pelos trabalhos em metal, alvenaria e madeira. Sylvia fez as pinturas manuais em vitrais e azulejos e as esculturas em pedra sabão: imagens sacras, colunas, relevos, brasões, etc. Décio foi o responsável pela parte racional, como escalas, plantas, cálculos, desenhos, etc. Ele fez ainda toda a parte de madeira trabalhada, como portas, treliças, balaústres, canhões, caixilhos de 1 mm de espessura e janelas almofadadas. Já Evangelina coordenou a equipe, além de ter fotografado os monumentos.

Museu investe em educação patrimonial
Aproveitando o rico acervo, a Instituição, que é uma forte atração turística, prêmio nacional do Guia 4 Rodas, também oferece ao visitante a possibilidade de explorar uma das modalidades mais importantes de turismo no país: o pedagógico. Desenvolve, há quatro anos, com o patrocínio da Gerdau e da Cemig Telecom, um dos maiores projetos de educação patrimonial do Estado, o Educandocomarte, que já beneficiou mais de 12 mil alunos da rede pública de ensino.

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