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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Converso indica: Exposição de Tony Lima, no Anexo do Museu da Inconfidência

 
“Nascido em 14 de janeiro de 1964, na cidade de Parnaíba, litoral piauiense, Antonio Carlos de Lima, que assina Tony Lima nas suas telas é autodidata, tendo iniciado seus rabiscos e primeiros desenhos ainda na infância. Acompanhando sua irmã, deixa sua terra natal no final da década de 70 com destino a Brasília, onde se matricula para fazer o curso de técnicas de pintura que encontrou por acaso em papelaria do Conjunto Nacional, tendo desistido uma semana depois. Foi então, a partir da forte influência da obra de Modigliani, a quem conheceu por meio de publicações em fascículos a respeito de grandes mestres da pintura, que o pintor traçou o seu caminho nas artes plásticas, criando estilo próprio.
Visando seu aperfeiçoamento, o artista participa de cursos e continua seus experimentos com tinta a óleo, sobretudo com o de linhaça, que fornece a tonalidade ideal perseguida para as suas obras. Abandonar o emprego de balconista numa lanchonete do Setor Comercial Sul para se dedicar integralmente à pintura, convertendo sua residência, na cidade de Ceilândia-DF, em ateliê e refugio onde seus sonhos e talento materializam-se em telas que hoje podemos contemplar em várias coleções particulares e espaços não só de Brasília, mas de diversas regiões do Brasil. Seu trabalho, inspirado na observação de cenas e imagens do cotidiano, ganha reconhecimento da critica, dos colegas e amigos, e conquista inúmeros admiradores.
  A arte deste paraibano quase candango dispensa assinatura, em razão das extremas peculiaridades dos seus traços, pintura e campo temático, que a torna inconfundível. Seus trabalhos são centrados na figura humana, sobretudo as mulheres, de rostos angulosos e pescoços longilíneos, cabeças bem curvadas para o lado, de forma garbosa e elegante. Nuas ou vestidas, a figura feminina do artista porta vestes com renda e bordados cuidadosamente elaborados. O olhar expressivo, ora transmite doçura e serenidade, ora altivez e soberba, ou por vezes até sofrimento, com ares dos anos trinta. Para compor seus quadros, recorre o pintor a fundos e ambientes paciente e meticulosamente trabalhados, ricos em detalhes, muitas vezes surrealistas, que evocam a ingenuidade da vida bucólica e interiorana, permeando suas telas com certo caráter naïf”.
Prof. Casimiro Neto
Diretor do Espaço Cultural
Câmara dos Deputados, Brasília, DF.



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